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23 de fevereiro, 2024
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A restauração de cavidades dentárias em dentes posteriores com resina composta é uma prática comum nos últimos anos. Esses materiais possuem alta estética, baixo custo, e a baixa contração de polimerização de alguns desses materiais permite a aplicação de incrementos maiores.
Pino de fibra de vidro associado com resinas compostas para reconstrução de dentes posteriores apresentam um módulo de elasticidade semelhante à dentina. Neste estudo o sistema de pino de fibra de vidro Splendor foi utilizado para reconstrução com resina composta do pré-molar despolpado.
A associação do pino de fibra de vidro com resina composta produz uma boa adaptação dentro da interface dentina/cimento/pino e módulo de elasticidade favorável. A técnica é simples e rápida.
Assim, este trabalho descreve por meio de dois dentes a aplicação de resina composta em um premolar polpado e um despolpado associando pino de fibra de vidro nesse último. Casos clínicos de restaurações posteriores com abordagens diferentes, onde a restauração final foi realizada com estética máxima utilizando resinas bulk-fill de diferentes fabricantes.
Paciente de 38 anos, gênero feminino, procurou atendimento apresentando desconforto durante a mastigação do lado direito. Detectou-se ausência de sintomatologia dolorosa e presença de restaurações de resina composta com desgaste, descoloração marginal e falta de ponto de contato (Fig. 1). O exame complementar radiográfico demonstrou normalidade dos complexos periodontais e periapicais.
Optou-se pela substituição das restaurações para favorecer anatomia e contorno proximal com resina nanohíbrida Charisma® Diamond (Kulzer), na cor B1. Após isolamento do campo operatório com dique de borracha e remoção do material restaurador, verificou-se média profundidade da cavidade e integridade do esmalte nas margens da cavidade do segundo premolar superior direito.
Foi utilizada uma ponta diamantada 2135 para preparo e acabamento da cavidade e remoção de prismas de esmalte fragilizados. A limpeza da cavidade foi feita com solução de clorexidina e em seguida foi feita a aplicação do sistema adesivo GLUMA® Bond Universal (Kulzer) e realizada a polimerização conforme as instruções do fabricante. Os incrementos foram aplicados na cavidade e a escultura foi feita com sonda exploradora número 5 de forma a favorecer a anatomia.
O primeiro pré-molar superior, demonstrava um tratamento endodôntico adequado, sem lesão periapical. Selecionou-se um pino de fibra de vidro recentemente lançado no mercado Splendor (Angelus). Foi feita a remoção do material obturador do conduto radicular com ponta de Gates e Largo. O pino foi provado e o excesso de parte da fibra foi cortado com um disco de diamante.
Em seguida, o pino foi cimentado utilizando um cimento resinoso autoadesivo, seguindo as instruções do fabricante. A reconstrução foi realizada com resina composta nanohíbrida Charisma® Diamond (Kulzer). Após a remoção do dique de borracha os contatos oclusais foram verificados e ajustados e foi realizado o acabamento e polimento das restaurações.
As resinas compostas diretas são amplamente utilizadas atualmente em dentes posteriores. A técnica direta também apresenta a vantagem de não necessitar de fase laboratorial, com um número menor de sessões clínicas, culminando em um menor custo em relação às restaurações indiretas. Além disso, o sistema restaurador adesivo direto evoluiu de forma expressiva nos últimos anos.
Diversas resinas estão disponíveis no mercado atual. No caso apresentado, a resina nanohíbrida Charisma Diamond foi utilizada. Os dois dentes restaurados apresentaram resultado satisfatório. Além disso, a resina apresentou uma consistência de fácil inserção e manipulação para dentes posteriores, assim favorecendo a escultura.
Fig. 4A e 4B: observar o “efeito camaleão” da resina utilizando apenas uma cor da resina Charisma Diamond. Aspecto final das restaurações após o acabamento e polimento final.
O pino utilizado diminui a camada de cimento resinoso, pois uma grande linha de cimento entre o pino pré-fabricado e a parede do canal poderia causar o deslocamento do pino (7). Além disso, camadas mais grossas do material de cimentação produzirão mais tensão de contração, provavelmente criando mais tensão durante a polimerização e reduzindo a força de aderência (7,8).
A coroa total não foi utilizada nesse momento em função da quantidade de remanescente coronário e por uma questão financeira da paciente.
As técnicas com resinas compostas em dentes posteriores polpados e despolpados associando pino intracanal de fibra de vidro são conservadoras, eficientes e ainda fornecem estética aceitável e redução do tempo clínico.
MATERIAIS UTILIZADOS
Charisma® Diamond e GLUMA® Bond Universal.
AUTORES
Leonardo Fernandes da Cunha: Professor dos Cursos de Especialização em Dentística Universidade Positivo–Curitiba e FUNORTE–Brasília.
Raiane Mayara Schmoeller Ferreira
Carla Castiglia Gonzaga: Professora do Curso de Especialização em Dentística Universidade Positivo–Curitiba.
Gisele Maria Correr Nolasco: Professora do Curso de Especialização em Dentística Universidade Positivo–Curitiba.
REFERÊNCIAS