Relato de caso clínico
Paciente:
Sexo feminino, 65 anos.
Introdução
Quando falamos sobre estética, o termo nos remete a beleza, um perfil bonito, harmonia, mas em Dentística vamos além: vemos como uma forma de devolver a auto estima, a autoconfiança ao nosso paciente, devolvendo a saúde de uma forma mais plena.
Dentro deste aspecto, deve-se ouvir dele, qual a forma de estética desejada. É importante, na consulta inicial, compreender as necessidades primordiais deste paciente, o principal problema que o incomoda, ouvir atentamente as explicações, e já buscar definir a personalidade do paciente, o nível de expectativa e o grau de exigência com relação ao tratamento a ser realizado.
A partir daí, elaborar um planejamento estético individualizado, a começar por um exame clínico detalhado, que deve ser complementado com a requisição de radiografias, fotografias e modelos de estudo.
Deve-se prestar atenção a detalhes e buscar o equilíbrio estético para aquele paciente, utilizar de estratégias clínicas para facilitar o planejamento e execução das restaurações estéticas em dentes anteriores e posteriores, trabalhar com uma maior previsibilidade de resultados com a máxima preservação da estrutura dental.
A Dentística exige conhecimento científico, experiência e habilidade, principalmente em forma de técnica operatória/restauradora. Como disse Dietschi, “se o produto é importante, o protocolo operatório é primordial”.
Para trabalhos indiretos, a sequência ideal é, exame clínico e necessidades do paciente, realizar um planejamento e uma sequência de trabalho que inclui: preparo dental, confecção dos provisórios, moldagem, provas, cimentações, ajustes oclusais, acabamento, polimento final, depois conservação.
Para uma boa moldagem devemos ter:
»»Preparo bem realizado e polido;
»»Provisório bem adaptado e polido;
»»Término cervical nítido;
»»Tecido gengival bem contornado;
»»Particularidades do paciente;
»»Extensão do caso;
»»Habilidade profissional;
»»Domínio da técnica e do material.
É importante mencionar que: “Terapia periodontal precede todo e qualquer tratamento global”. Por motivos estéticos, muitas vezes realizamos preparos subgengivais. Deve-se ter o máximo de cuidado para não invadir o espaço biológico, pois isto acarretaria em perda óssea inferior ao término cervical, recessão marginal ou hiperplasia gengival localizada ou combinação de ambas. Dentro disto, podemos citar também o uso incorreto dos fios de afastamento gengival. Preconizamos, caso seja necessário, para preparos subgengivais, no máximo 0,5 mm de profundidade.
Moldagem
Conceitualmente é o ato técnico de obter impressão ou molde de uma estrutura ou superfície, ou seja, é a cópia ou impressão em negativo. Tem como objetivo a obtenção do molde (positivo). O modelo é a reprodução de uma estrutura ou superfície, obtida com material próprio, a partir de uma impressão ou molde. O modelo deve conter todas as informações para a confecção dos trabalhos protéticos.
Moldagens sem o uso de fio de afastamento: técnica
Preferencialmente utilizar silicones por adição, pois este, apresentam uma fidelidade superior, não produzem sub produtos, excelente estabilidade dimensional e recuperação elástica.
Material Utilizado:
• Variotime®
Autor:
• Paulo Tomio Minami
»»Membro da Câmara Técnica de Dentística do CROSP;
»»Associado do GBPD (Grupo Brasileiro de Professores de Dentística);
»»Coordenador do curso de Residência em Dentística da APCD Saúde;
»»Coordenador do Curso de Atualização em Dentística e Estética da APCD Tatuapé;
»»Co-coordenador do curso de Residência Intensiva em Dentística da APCD Ipiranga, Aperfeiçoamento e Especialização em Dentística da APCD SBCD;
»»Coordenador do Curso de especialização em Dentística e Estética da Funorte Santo André.
Fotos do Caso:
Conclusão:
Nos casos de moldagens com silicone, observar as especificações do fabricante quanto à quantidade, tempos de manipulação e o de permanência em boca.
Lembrando que os silicones passam por um processo de polimerização, caso removam antes do tempo, a polimerização continuará fora da boca, o que poderá acarretar em alterações nos
modelos de trabalho.
Após a moldagem devemos aguardar um tempo mínimo de 30 minutos, pois neste período há liberação de hidrogênio do material e recuperação elástica.
Os moldes podem ser desinfetados com solução aquosa de hipoclorito de sódio a 5,2%, até 10 min.
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